No mês passado, das 74 pessoas que morreram vítimas de acidentes em São Paulo, 36 estavam a pé, apontam estatísticas do Infosiga divulgadas ontem (19) pelo governo do estado.
O índice de pedestres mortos em setembro (48% do total) está um pouco acima da média de 2016. Desde janeiro, 719 pessoas morreram no trânsito da capital, sendo 279 pedestres – ou 41% do total.
O percentual é o mesmo do conjunto dos meses de 2015, quando este grupo representou 468 dos 1.119 óbitos registrados. Embora a proporção de pedestres mortos tenha permanecido a mesma, o número total de óbitos provocados por acidentes de trânsito está em queda em São Paulo.
A comparação entre os três primeiros trimestres de 2015 e 2016 mostra redução de 15,5% das ocorrências – de 851 para 719 casos.
Redução da velocidade
Marca da gestão Fernando Haddad (PT), a política de redução das velocidades máximas em diversas vias, como as marginais, é apontada como uma das responsáveis pela diminuição da letalidade no trânsito.
O prefeito eleito João Doria (PSDB) afirmou que irá aumentar os limites nas marginais logo no início de 2017, mas depois recuou dizendo que poderá manter os 50 km/h em pontos específicos, exatamente naqueles em que há maior frequência de pedestres.
Balanço divulgado semana passada pela prefeitura mostrou que, pelo menos nas marginais, as mortes por atropelamentos caíram: em um ano, o total de casos passou de 12 para apenas 1.
Na capital, queda mais expressiva
A redução da violência no trânsito tem sido mais acentuada na capital do que no restante do estado. Enquanto na cidade a queda no total de mortes foi de 15,5%, de janeiro a setembro, entre 2015 e 2016, no Estado, a diminuição foi de 5,4% – três vezes menos.
Em números absolutos, o índice variou 4.559 para 4.313 mortes. Para o estado, a criação de comitês para instituir políticas de segurança no trânsito em 15 municípios é uma das razões para a queda.
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Enfim, a redução da velocidade parece mesmo uma boa ideia :-)
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