O processo de crescimento e de certa estabilidade econômica experimentado no Brasil a partir de meados da década de 1990 favoreceu o crescimento da frota de veículos no país. A frota de automóveis quintuplicou entre 2000 e 2017 e a frota de motocicleta aumentou em mais de 13 vezes. Este crescimento da motorização está associado a alguns impactos negativos, sendo os acidentes de trânsito um dos principais problemas decorrentes. O aumento da motorização, quando não acompanhado de medidas que qualifiquem o condutor e de uma oferta de infraestrutura viária de qualidade, pode gerar resultados bastante negativos.
No Brasil, as estatísticas oficias mais recentes indicam que morreram no ano de 2015 no país 38.651 pessoas em razão de acidentes de trânsito.
No tocante à qualificação dos condutores – um dos fatores humanos determinantes para o risco de envolvimento em acidentes – é possível obter um panorama no país por meio da análise da quantidade de condutores habilitados, admitindo-se os procedimentos de formação do condutor como adequados para a garantia de comportamentos seguros no trânsito.
Este o foco do estudo desenvolvido pelos pesquisadores Christopher Rufino Monteiro, Daniela Gurgel, Jorge Tiago Bastos e Renato Campestrini, e realizado por Observatório Nacional de Segurança Viária e Universidade Federal do Paraná (Departamento de Transportes/GET UFPR).