O objetivo desta pesquisa foi definir indicadores que permitam o acompanhamento da utilização dos modos de transporte dos moradores da cidade de São Paulo. A ideia é, a partir desta primeira pesquisa, avaliar a cada ano a meta estabelecida pela atual gestão da Prefeitura, conforme seu objetivo estratégico 2017/2020 relativa ao “aumento da mobilidade ativa”.
Do ponto de vista metodológico, a medição desse crescimento levou em conta todas as etapas da viagem, mas também se permitiu focar a primeira etapa ou a etapa única do indivíduo - as mais significativas - e, ainda, para as atividades direcionadas a trabalho+escola+saúde.
Todas as entrevistas foram feitas no mês de junho de 2017 (entre os dias 13 e 22), em pontos de fluxo longe de terminais de ônibus e estações de trem/metrô, a uma distância mínima de 500 m.
A amostragem compreendeu 1.412 entrevistas, distribuídas entre 8 regiões da cidade (Centro, Oeste, Leste 1, Leste 2, Norte 1, Norte 2, Sul 1 e Sul 2), proporcionalmente às respectivas populações.
Resultados
- Apesar de ser uma cidade com grandes distâncias, não há diferenças expressivas no número médio de etapas nas 8 regiões da cidade – o número médio fica entre 1,8 e 2,3 etapas.
- Etapa 1 tem o predomínio do caminhar, a segunda etapa tem o predomínio de ônibus municipais. Terceira e quarta etapas tem o predomínio de metrô, seguidos por ônibus municipais e trens.
- Deslocamentos a pé e de ônibus são os mais comuns, bem mais frequentes que os demais meios.
Principais considerações
Computada toda a base da amostra (1.412 entrevistas), o índice de mobilidade ativa foi de 15,3%, sendo 14,97% a pé e 0,76% de bicicleta.
A mobilidade na cidade de São Paulo foi avaliada por seus moradores como sendo apenas regular (2,9, numa escala de 1 a 5). E também a qualidade de vida na cidade de São Paulo foi classificada como apenas regular (5,6, numa escala de 1 a 10)