Viagens ativas - ciclismo, caminhada - são consideradas benéficas para a saúde porque são atividades físicas. No entanto, podem aumentar a absorção de poluentes do ar e podem também levar a consequências negativas para a saúde. Para avaliar o balanço risco-benefício dessas atividades físicas ao ar livre uma equipe multidisciplinar formada por especialistas de vários países - incluindo o Brasil - realizaram um estudo com pessoas que caminham ou pedalam até 16 horas por dia expostas a concentrações de material particulaldo fino de fundo, com concentrações variando entre 5 a 200 Ug/m3.
A conclusão confirma análises realizadas por outras instituições internacionais: para a concentração média global fundo urbano de 22 ug /m3 de material particulado os benefícios do transporte ativo de longe superam os riscos, mesmo sob os níveis mais extremos de viagens ativas. Em áreas com concentrações de 100 ug/m3 de material particulado, os danos superam os benefícios somente após 1h30 min de bicicleta por dia, ou mais de 10h de caminhada por dia. Para referência, no dia 14 de maio, a pior situção na cidade de São Paulo indicava 87 ug/m3 nas proximidades da av. Marginal do Tietê, bairro da Água Branca.
*O estudo é assinado por Marko Tainio, Audrey J. de Nazelle, Thomas Götschi, Sonja Kahlmeier, David Rojas-Rueda, Mark J. Nieuwenhuijsen, Thiago Hérick de Sá, Paul Kelly e James Woodcockpor.