Os experimentos de campo foram realizados entre os dias 24 e 27 de setembro, período do ano escolhido pelos pesquisadores devido ao clima ser mais ameno, e desse modo evitando-se situações extremas (que poderiam influenciar de maneira contundente nos resultados).
Foram escolhidas 10 ruas da cidade, nas quais se distribuíram 40 postos de contagem das pessoas que passavam em cada uma das calçadas (a do lado com sol e a do lado com sombra), nos períodos matinais e vespertinos.
Os resultados obtidos mostraram uma tendência de comportamento dos pedestres ao uso da calçada sombreada, reiterada pela inversão, à tarde, do lado da rua mais utilizado em comparação ao observado pela manhã.
Assim, observou-se uma evidente tendência de os pedestres, mesmo estando sob condições de temperaturas moderadas (entre os 15 e os 25 graus centigrados), preferirem utilizar a calçada com sombreamento, quando a orientação da rua e os horários de insolação assim o permitem.
Portanto, o experimento permite deduzir que ruas protegidas com árvores frondosas, por exemplo, ou com proteções de marquises, toldos etc., podem oferecer melhor conforto aos pedestres. Outra dedução é que o sombreamento proporcionado ao longo das calçadas poderia evitar ao pedestre a necessidade de cruzar a via em busca da sombra dos edifícios. E assim, evitando-se o cruzamento, poderia haver, de forma indireta, uma melhora nas condições de segurança, evitando ou minimizando a ocorrência de atropelamentos.