9ª Pesquisa sobre Mobilidade Urbana - Rede Nossa São Paulo

A 9ª edição da "Pesquisa sobre Mobilidade Urbana - Semana da Mobilidade 2015" foi lançada pela Rede Nossa São Paulo e Fecomércio nesta terça-feira (22/9), Dia Mundial Sem Carro.

Pesquisa sobre Mobilidade Urbana - Semana da Mobil

Pesquisa sobre Mobilidade Urbana - Semana da Mobilidade 2015

Autor: Rede Nossa São Paulo / Ibope Inteligência

Assunto: Estudos e Pesquisas

Abrangência: São Paulo

Ano: 2015

Realizada desde 2007, a pesquisa revela a avaliação dos paulistanos sobre trânsito, transporte público e questões específicas como a poluição do ar. E mostra também quanto tempo as pessoas gastam no trânsito e o que acham da redução da velocidade nas vias da cidade de São Paulo.

 

Além do tempo que os paulistanos gastam por dia, em média, no trânsito, bem como nível de satisfação dos usuários do transporte público e sua opinião sobre a redução da velocidade e poluição, nesta nona edição a pesquisa avaliou ainda a percepção dos moradores de São Paulo sobre um tema atual, o da abertura da Avenida Paulista para pedestres e ciclistas aos domingos.

 
Para elaborar o levantamento, foram entrevistados 700 moradores da cidade de São Paulo com 16 anos ou mais, entre os dias 28 de agosto e 5 de setembro. 
 
O lançamento nona edição da Pesquisa de Mobilidade Urbana ocorreu no Sesc Consolação, e  contou com a participação de representantes da Prefeitura de São Paulo e de organizações da sociedade civil, além de cidadãos interessados no tema. 
 
Resultados
 
Entre as principais conclusões da pesquisa estão:
 
- Áreas problemáticas na cidade de São Paulo 
Cada entrevistado pôde citar até três áreas e as mais citadas, nesta ordem, foram saúde (55%), segurança pública (37%), educação (33%), desemprego (33%), trânsito (29%), transporte coletivo (27%), abastecimento de água (21%) e poluição (17%). Os itens trânsito e transporte coletivo vêm caindo ao longo dos anos – atualmente são, respectivamente, a 5ª e a 6ª preocupação dos paulistanos;
 
- Nível de satisfação com aspectos, áreas e serviços de locomoção
Todos os itens estão com nota abaixo da média, que é 5,5 – numa escala de 1 a 10. O melhor avaliado é "quantidade de faixas de pedestres", que recebeu 5,3. A avaliação do transporte público é mais negativa entre os que declararam utilizar carro "todos os dias" ou "quase todos os dias" (4,1), contra 5,1 de quem "não utiliza carro". A diferença entre os dois grupos pesquisados também é grande no item "tempo gasto para se deslocar" – a nota média entre os que usam carro “todos os dias” ou “quase todos os dias” é 3,3, e de 5,2 entre os que não usam.
 
- Poluição
59% consideram a poluição do ar como a mais grave e 30%, a da água. No ano passado, 70% citavam a do ar como a mais grave e 18%, a da água. 
Ainda sobre poluição, uma pergunta inédita apontou que 62% dos entrevistados (ou alguém que mora no mesmo domicílio) já tiveram problemas de saúde decorrentes da poluição em São Paulo;
 
- Tempo médio de deslocamento para atividade principal
Ficou em 1h44 – o mesmo resultado de 2014. 23% dos entrevistados levam pelo menos duas horas para ir e voltar da atividade principal e 35%, entre 1 e 2 horas. Entre os que utilizam carro todos os dias ou quase todos os dias, o tempo médio também ficou em 1h44. Já entre os que usam transporte público todos os dias ou quase todos os dias o tempo médio foi de 1h58;
 
- Tempo médio para realizar todos os deslocamentos na cidade 
Ficou em 2h38 – em 2014 eram 2h46. 48% dos paulistanos gastam pelo menos 2 horas por dia em seus deslocamentos. Entre os que utilizam carro todos os dias ou quase todos os dias, o tempo médio ficou em 2h48. E entre os que usam transporte público todos os dias ou quase todos os dias, em 2h56;
 
- Posse de carro 
60% têm e 40% não têm. A região da cidade com menos posse de carros é o Centro, com 46%. E a maior é a Oeste, com 67%;
 
- Utilização do carro de passeio 
32% usam todos os dias ou quase todos; 36%, de vez em quando; 25%, raramente. Entre quem possui automóvel, o uso de todos os dias ou quase diminuiu de 56%, em 2014, para 45%, em 2015;
 
- Uso diário de um ou mais meios de transporte 
28% dos entrevistados se locomovem a pé; 25%, de transporte coletivo; 18%, de carro; e 3%, de bicicleta;
 
- Disposição para deixar de usar o carro
80% dos entrevistados deixariam de usar o carro, caso houvesse uma boa alternativa de transporte. Em 2014, eram 71%;
 
- Transporte público coletivo 
25% usam todos os dias; 19%, quase todos os dias; 34%, de vez em quando; 15%, raramente; e 6%, nunca. Quando questionados sobre o que os fariam usar o transporte público coletivo, 36% responderam "mais linhas de transporte público coletivo que cubram percursos que não cobrem atualmente"; 27%, "existência de mais e melhores corredores de ônibus, faixas exclusivas e linhas de metrô"; e 22%, "melhoria nas condições físicas do transporte público coletivo/ mais conforto"; 
 
- Avaliação do serviço de ônibus em São Paulo
As notas continuam abaixo da média, mas houve significativa melhora no percentual de notas 9 e 10 nos itens como "Limpeza, conservação e manutenção dos terminais" (passou de 5% para 13%), "Cordialidade e respeito por parte de motoristas e cobradores" (de 5% para 10%), "Limpeza, conservação e manutenção dos ônibus" (de 4% para 10%), "Tempo de duração da viagem" (de 2% para 8%), "Pontualidade" (de 2% para 7%), "Tempo de espera nos pontos de ônibus ou terminais" (2% para 5%), "Lotação dos ônibus" (1% para 4%).
Por outro lado, 59% disseram que o a lotação dos ônibus aumentou no último ano, 30% afirmaram que está igual e 8%, que diminuiu.  O tempo de duração da viagem está igual para 34%, aumentou para 32% e diminuiu para 31%. O tempo de espera pelos ônibus está igual para 43%, aumentou para 30% e diminuiu para 23%; 
 
- Sobre faixas e corredores de ônibus
90% dos entrevistados são a favor de construção de faixas e corredores de ônibus;
 
- Bicicletas 
7% afirmaram usar bicicletas todos os dias ou quase todos os dias. Entre os que não usam, 44% afirmaram que usariam caso houvesse mais segurança; 18%, se tivesse mais sinalização nas ruas; 13%, mais ciclovias (em 2014, esse número era 26%). 
Outro dado relevante: em 2007, 34% afirmavam que não usariam bicicleta em São Paulo "de jeito nenhum"; em 2014, eram 24% e, em 2015, são 13%; 
 
- Sobre construção e ampliação de ciclovias e ciclofaixas 
59% afirmaram ser favoráveis e 38%, contrários; 
 
- Pedestres 
40% afirmaram que as faixas de pedestres estão sendo "mais respeitadas"; 48%, que estão "menos respeitadas"; e 9% não perceberam mudanças. Em 2014, 33% disseram que as faixas eram "mais respeitadas" e 52%, "menos respeitadas";
 
- Abertura de ruas para pedestres e ciclistas
64% declararam ser a favor de "aos domingos, utilização exclusiva de ruas e avenidas, como a Avenida Paulista, para lazer e circulação de pedestres e ciclistas".  33% são contrários à medida; 
 
- Propensão a sofrer acidentes 
46% afirmaram que os motociclistas estão mais sujeitos a acidentes; 33%, que são os pedestres; 18%, os ciclistas; e 3%, os motoristas;
 
- Redução de velocidade nas vias da cidade 
53% afirmaram ser contra as medidas de redução da velocidade nas vias de São Paulo e 43% são a favor. Entre quem utiliza carro todos os dias, 66% se declararam contra e entre quem ganha mais de 5 salários mínimos, 64%.
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Pesquisa sobre Mobilidade Urbana - Rede Nossa SP
A Pesquisa sobre Mobilidade Urbana, realizada pelo Ibope e divulgada pela Rede Nossa São Paulo e FecomercioSP revela o tempo que os paulistanos gastam por dia, em média, no trânsito, bem como nível de satisfação dos usuários do transporte público.

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