Artigo publicado na Revista Cadernos Metrópole, de autoria do pesquisador Fernando Nunes da Silva* sugere formas de melhorar as condições de segurança e fluidez do tráfego em grandes centros urbanos.
O artigo faz um retrospecto das décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, que foram dominadas pelo domínio do automóvel na mobilidade urbana, tanto no que se refere à sua crescente importância na repartição modal, como na definição das políticas públicas e estratégias de acessibilidade. Com a primeira crise dos preços do petróleo, nos anos 1970, e a posterior consciência ambiental dos impactos negativos atribuídos ao setor dos transportes, começaram a desenhar-se outros tipos de políticas, mais orientadas pelos conceitos de intermodalidade e de coesão social, além de mais preocupadas em reduzir os impactos ambientais da mobilidade urbana. Num período em que os novos países emergentes atravessam uma fase de forte crescimento econômico e consequente aumento da motorização individual,será útil analisar essa evolução das políticas de mobilidade e retirar algumas conclusões quanto aos caminhos a prosseguir, pondo em evidência as especificidades que existem nesses países, mas também o que podem aproveitar dos ensinamentos do passado recente.
*Fernando Nunes da Silva é professor catedrático do Instituto Superior Técnico e investigador do Centro de Sistemas Urbanos e Regionais – Cesur, da Universidade de Lisboa. Vereador da Mobilidade na CM de Lisboa. Lisboa, Portugal.
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