Acessibilidade Sobre Rodas

27
fevereiro
Publicado por Raquel Paoliello no dia 27 de fevereiro de 2018

Eu na minha cadeira motorizada

Eu na minha cadeira motorizada

Olá pessoal,

Esse mês o post aqui do blog é um pouco pessoal: para os leitores que não sabem, eu possuo uma cadeira motorizada, porém desbravar São Paulo com ela não é tão simples.

As calçadas de nossa cidade são bem ruins no quesito acessibilidade e eu tenho bastante dificuldade de utilizar minha cadeira motorizada pelas ruas de São Paulo, porque não há guias rebaixadas e existem muitos buracos nas vias. Tem dois exemplos que dá pra para trafegar com a motorizada, que são:  a Av. Faria Lima via ciclofaixa – eu já fiz isso – e a Av. Paulista, que eu adoro passear, exatamente por ser tudo adaptado.

Apenas consigo andar de transporte público com minha cadeira manual e isso é completamente errado, pois me priva de fazer muitas coisas; nos transportes não tem lugar para a cadeira motorizada, pois ela é muito grande e pesada. Isso é extremamente errado. Também não consigo andar de metrô sozinha e tenho que ficar dependendo dos outros, o que me incomoda bastante.

Mas também consigo andar sozinha pela cidade com o Atende ou com táxis acessíveis, o que facilita bastante minha mobilidade por São Paulo; consigo ter minha liberdade e ir aos lugares sem a ajuda das outras pessoas, apesar da cadeira andar melhor por superfícies mais lisas como shoppings ou dentro dos locais, porém isso não quer dizer que ela não possa trafegar nas ruas. Minha cadeira é movida a bateria.

Para finalizar, sou da opinião que a população deveria exigir mais da Prefeitura da sua cidade/ região, pois só assim teremos nossa mobilidade urbana respeitada e os nossos direitos e deveres como deficientes físicos igualmente respeitados. O nosso pensamento precisa mudar!



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Raquel Arruda Raquel Arruda
Jornalista formada pela Unip em 2021, Raquel Paoliello continua a vencer barreiras - físicas e imaginárias. Embora sofra de paralisia cerebral congênita, ela explica: "a deficiência nunca foi uma barreira para mim. Muito pelo contrário; ando (na minha cadeira de rodas) sempre com um sorriso no rosto e uma imensa vontade de viver". Apaixonada por literatura e música, neste blog ela quer mesmo é privilegiar a discussão sobre a inclusão e a luta pela acessibilidade e contra o preconceito.

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